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sábado, 24 de outubro de 2009

"LIDERANÇA PARA RESULTADOS" segundo Sérgio Fernando Braga - sócio de James Hunter


JAMES HUNTER
    
Um pouco atrasado com minhas leituras, somente agora, após mais de dois anos que o livro de James. C. Hunter, "O Monge e o Executivo"- Uma História sobre a Essência da Liderança,  está na lista dos dez mais vendidos da VEJA, tive oportunidade de lê-lo. Mas não me envergonho disso, sempre é tempo para se fazer boas coisas. Entretanto, o que me faz sentir realmente envergonhado são os líderes atuais, que mal sabem da existência de tal excelente trabalho, outros acham que o modo ensinado por James Hunter não é para líder "que seja macho". Não somente vejo líderes que empacaram no século passado, como os que insistem em viver na idade média: "cortar as cabeças" ainda tem sido um termo muito usado para o líder "atual" se referir a funcionários que não concordam com suas idéias.
- Se não estão satisfeitos, que peçam a conta!
- Empregado é para obedecer, não para entender!
Infelizmente essa é a realidade da maioria das empresas, mas não a de poucas, que colocam o respeito ao colaborador um fator de investimento e além de estarem estampadas entre as "500 Melhores Empresas para se Trabalhar", da Você S/A / Exame, estão entre as que tem o  maior lucro no país.

Copiei o artigo a seguir do site brasileiro de James Hunter: http://www.jameshunter.com.br/ é o artigo 13.
Crescer, aprender e mudar são três atitudes que nunca são tarde para se tomar. Acredito no bom senso dos empresários em assumirem essa nova postura de liderança e buscando líderes com esse perfil.

Autoria: Renato Salles.

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LIDERANÇA PARA RESULTADOS.

Por: Sérgio F.Braga



Estamos observando nos últimos anos uma revolução silenciosa na arte da liderança.

O modelo do “comando e controle” que reinou durante o último século, tem dado mostras consistentes que é cada vez mais improdutivo.

Os números não mentem. Segundo o levantamento efetuado pela revistas Exame e Você S/A, com base nos balanços de 2005 das 500 maiores empresas brasileira e das melhores para se trabalhar, encontrei os seguintes resultados sobre a lucratividade:

500 Maiores – 13% de retorno

100 Melhores para se trabalhar – 17% de retorno

10 Melhores para se trabalhar – 27% de retorno

Não é difícil inferir que as empresas que possuem um melhor ambiente de trabalho têm, comprovadamente, melhores resultados para os acionistas.

E de quem é a responsabilidade da criação de um ambiente positivo na organização? Dos líderes. Eles é que dão o tom.

O fenômeno de vendas do livro “O monge e o executivo”, que já vendeu mais de 1 milhão de cópias apenas no Brasil, mostra bem a busca das pessoas na melhoria das suas habilidades de liderança e a necessidade que o mercado tem de uma liderança mais efetiva.

As pessoas já estão cansadas do modelo arcaico da liderança autocrática. A geração “X” (nascidos entre 1962 e 1977) já vem questionando esta forma de liderança há algum tempo, mas a geração “Y”(nascidos a partir de 1978), simplesmente não suporta este tipo de liderança baseada no uso do poder.

Segundo o instituto Gallup, mais de dois terços das pessoas pedem demissão de seus chefes, não das empresas. Ou seja, a maioria deixa a empresa devido a um superior incompetente ou ineficaz.

Um colaborador pode agüentar durante algum tempo um chefe que não o respeita, mas na primeira oportunidade séria de trabalho, ele deixará a empresa.

É neste cenário que a liderança servidora começa a tomar corpo.

Jim Collins , um respeitado professor e consultor americano, mostrou num profundo trabalho de pesquisa apresentado no livro “Empresas feitas para vencer”, que as empresas que se destacaram nos últimos 15 anos, com um retorno 3 vezes maior que a média do seu mercado, possuem o seguinte perfil de líder:

“Os líderes das empresas “excelentes”ou feitas para vencer são apagados, quietos, reservados até mesmo tímidos. Eles são uma mistura paradoxal de humildade pessoal com firme vontade profissional.”

Ao contrário do senso comum, onde acreditávamos que o líder excepcional era aquele que de elevado perfil e personalidade forte, que fazem as manchetes e se tornam celebridades, podemos notar que o verdadeiro líder é aquele com perfil de líder servidor.

Perguntei recentemente para o consultor Stephen Covey, que encontrei num congresso nos EUA, se efetivamente os líderes americanos estavam mudando ou se isto seria só uma panacéia.

Ele responde de forma enfática que a “dor” faz a pessoa mudar. Neste caso a “dor” é a realidade de que se o líder não atender as expectativas dos seus colaboradores, fatalmente ele não alcançará os resultados planejados e sucumbirá.


Sérgio Fernando Braga

Administrador de empresas, com pós-graduação em marketing pela ESPM e MBA Executivo Internacional pela FEA/USP.

É vice-presidente da associação dos MBAs da FIA/USP. Professor do MBA da FGV, nas áreas de recursos humanos e marketing.

É agente e sócio do palestrante e consultor James Hunter, autor do livro “O monge e o executivo”.

http://www.jameshunter.com.br/

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